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HISTÓRIA DA CIDADE DE INHAPIM |
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A
história de Inhapim tem início em 1811, com a passagem de tropas de
transporte de cargas, pois o local era caminho para Degredo de Cuieté. João
Caetano, fundador de Caratinga, registra que “descendo o Rio Caratinga,
encontrei a desembocadura de um córrego, que batizei de São Silvestre,
por ser dia 31 de dezembro”. A confluência dos dois rios se dá
exatamente no centro da cidade. A
fundação de Inhapim se deu em 1865, quando, no decorrer da Guerra do
Paraguay, chegou à barra do ribeirão Santo Antônio, Joaquim José
Ribeiro que, ao perceber a fertilidade da terra considerou-a propícia
para o plantio de café. Com isso deu início às primeiras plantações
de café na região, sendo auxiliado nesse mister por familiares e amigos
que com ele se estabeleceram. As primeiras safras foram compensadoras e o
patriarca, assim como seu amigo José Ribeiro Veloso, decidiu fixar-se no
local em definitivo. Em
1880 Inhapim era um núcleo com população crescente. Destacam-se entre
os primeiros moradores Francisco Silva, José Joaquim da Silva Pereira,
José Francisco Furtado Torres e Teobaldo José Melo. O
povoado propriamente dito surgiu em 1882, quando os moradores se reuniram
e fundaram uma caixa comum, arrecadando duzentos e cinqüenta mil réis em
dinheiro, quantia com a qual a adquiriram uma pequena gleba de terra que,
acrescida pela doação de 2 ha, feita por Francisco da Silva e Teobaldo
José de Melo constituiu o Patrimônio de São Sebastião de Inhapim. Em
1885 o patrimônio contava com 14 casas, das quais 3 de comércio, 1 farmácia,
1 oficina de funileiro e 1 capela. A
origem do nome da cidade vem do pássaro inhapim (Icterus cayanenis)
nativo da região. Inhapim é uma palavra do tupi-guarani que significa
“amanhece” ou “amanhecer”. A ave pertence à família icteridæ
e possui como características mais marcantes a plumagem negra com uma
destacada faixa amarela na asa direita. O ornitólogo e pesquisador Ronald
Rocha afirma que o pássaro foi assim denominado pelos indígenas da região
pela sua marca registrada, de cantar em bandos ao nascer do dia. Inhapim
foi elevado a Distrito de Paz pelo Decreto de 21 de dezembro de 1890: “com
as antigas divisas do distrito policial que hoje são parte desmembrada da
freguesia de Entre Folhas e parte da freguesia da Vila do Caratinga, como
consta do ato do Presidente da Província, em 1878; e são: as vertentes
do São Silvestre, as do Alegre, as de Santo Estevão, passando pela
fazenda do Feijoal inclusive, até o Rio Preto e, por este abaixo, até o
Bananal, inclusive [...]”
Neste mesmo ano, foi instalado o Cartório de Paz de Inhapim, sendo
seu primeiro escrivão Aquiles de Sá Quintela.
O desenvolvimento da cidade se
efetivou em etapas bem definidas, com a instalação de agências bancárias
que fortaleceram o movimento financeiro, fortalecendo o comércio e
gerando o crescimento da população residente.
Sua posição geográfica foi
fator determinante para o crescimento registrado a partir das décadas de
40 / 50.
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